Editado por Harlequin Ibérica.
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© 2006 Peggy Bozeman Morse
© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Unidos pela honra, n.º 2100 - octubre 2016
Título original: The Texan’s Honor-Bound Promise
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.
Publicado em português em 2009
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
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Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-9202-6
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Página de título
Créditos
Sumário
Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Se gostou deste livro…
Não posso prometer-vos que todos voltarão vivos a casa. Mas juro ante todos vós e ante Deus Todo-poderoso que serei o primeiro a pôr o pé no campo de batalha e o último a tirá-lo, e que não deixarei ninguém para trás. Vivos ou mortos voltaremos juntos para casa. Que Deus me ajude.
Tenente-coronel Hal Moore
(Do filme Fomos Soldados)
Julho de 1972
O ânimo no campo de batalha estava em baixo. Os soldados que se tinham aventurado a sair das camaratas estavam sentados em silêncio, com as cabeças baixas, com uma expressão sombria e os pensamentos centrados nos acontecimentos dos dias anteriores e nas possibilidades de voltarem vivos para casa. Para alguns aquilo era uma guerra a brincar, mais um acto de uma elaborada peça de teatro na qual eles actuavam diariamente sob as ordens de um oficial.
Para Jessie Kittrell, não.
Para Jessie, ou T.J., como o chamavam os amigos, aquela guerra era uma oportunidade de fugir à pobreza e de dar à família uma vida que ele próprio nunca tivera. Com uma mulher e uma filha a quem sustentar, e outro filho a caminho, o exército parecera-lhe a única maneira de fazer face aos problemas económicos. Além disso, ali proporcionavam-lhe formação; depois de cumprir os anos de serviço, o exército pagar-lhe-ia a universidade.
Isso aconteceria se sobrevivesse àquele inferno, disse para si próprio com tristeza. Tal como a maioria dos homens ao lado de quem lutava, não pensara muito na sobrevivência até chegar ao Vietname. No campo de treino tinham-lhes feito acreditar que eram os mais fortes, os melhores, e fora com essa petulância que fora para a primeira batalha… Fora também lá que a deixara, juntamente com aquilo que acabara de comer.
Desesperado por tentar apagar aquelas imagens da mente, meteu a mão no bolso da camisa e tirou a fotografia que guardava junto ao coração. Estava suja e amachucada de tanto a tocar, mas era o que o mantinha vivo e que lhe recordava a razão pela qual estava ali, a necessidade de sobreviver.
As lágrimas assomaram-se-lhe aos olhos ao olhar para a mulher e a filha. Sentia a falta delas. Há três meses que não as via. Leah fizera dois anos na semana anterior e ele perdera a festa de aniversário. Lembrar-se-ia dele quando voltasse para casa? Abraçá-lo-ia e dar-lhe-ia um beijo na face assim que o visse, como fizera no passado? Ou correria e ir-se-ia refugiar nas saias da mãe?
Olhou para cima ao ouvir um helicóptero. Guardou a fotografia. Viu-o aterrar e carregarem para dentro dele dois corpos metidos em sacos. Conteve a emoção, consciente de que um terceiro soldado poderia estar ali com eles. Buddy Crandall. Mas Buddy não voltaria para casa.
Sentiu uma mão forte a apoiar-se no ombro e levantou a vista. Viu Pops, como chamavam a Larry Blair, a olhar fixamente para o helicóptero que ia voltar a levantar voo.
– Não é justo – disse T.J., abanando a cabeça. – O Buddy devia estar ali.
– Sim – respondeu Pops, – mas por vezes as coisas não são como têm que ser.
– Desaparecido em combate – murmurou. – Imaginas como se irá sentir a família de Buddy quando receber a notícia? Porque não pode ser dado como morto em combate em vez de desaparecido? Todos sabemos que está morto! Estávamos lá. Vimos o que aconteceu. Não poder ter saído vivo daquilo.
– Tu conheces as regras – lembrou-o Pops. – Se o corpo não for encontrado, é considerado desaparecido em combate.
– Eu não quero que a minha família tenha que passar por isso. Promete-me uma coisa, Pops.
– Se puder…
– Se me acontecer a mesma coisa que ao Buddy, promete-me que contarás à minha família. Promete-me que lhes dirás que lutei e que morri como um soldado. E que não vou voltar para casa.
Pops hesitou por momentos e depois assentiu com seriedade.
– Prometo. Reúne a tua equipa. Sairemos daqui a umas horas.
T.J. ficou sentado por mais alguns momentos, depois passou a mão pelos olhos húmidos e levantou-se. Tocou no bolso onde tinha a fotografia e foi para a sua tenda.