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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2006 Peggy Bozeman Morse

© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Unidos pela honra, n.º 2100 - octubre 2016

Título original: The Texan’s Honor-Bound Promise

Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

Publicado em português em 2009

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-9202-6

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Se gostou deste livro…

Prólogo

 

Não posso prometer-vos que todos voltarão vivos a casa. Mas juro ante todos vós e ante Deus Todo-poderoso que serei o primeiro a pôr o pé no campo de batalha e o último a tirá-lo, e que não deixarei ninguém para trás. Vivos ou mortos voltaremos juntos para casa. Que Deus me ajude.

Tenente-coronel Hal Moore

(Do filme Fomos Soldados)

 

Julho de 1972

 

O ânimo no campo de batalha estava em baixo. Os soldados que se tinham aventurado a sair das camaratas estavam sentados em silêncio, com as cabeças baixas, com uma expressão sombria e os pensamentos centrados nos acontecimentos dos dias anteriores e nas possibilidades de voltarem vivos para casa. Para alguns aquilo era uma guerra a brincar, mais um acto de uma elaborada peça de teatro na qual eles actuavam diariamente sob as ordens de um oficial.

Para Jessie Kittrell, não.

Para Jessie, ou T.J., como o chamavam os amigos, aquela guerra era uma oportunidade de fugir à pobreza e de dar à família uma vida que ele próprio nunca tivera. Com uma mulher e uma filha a quem sustentar, e outro filho a caminho, o exército parecera-lhe a única maneira de fazer face aos problemas económicos. Além disso, ali proporcionavam-lhe formação; depois de cumprir os anos de serviço, o exército pagar-lhe-ia a universidade.

Isso aconteceria se sobrevivesse àquele inferno, disse para si próprio com tristeza. Tal como a maioria dos homens ao lado de quem lutava, não pensara muito na sobrevivência até chegar ao Vietname. No campo de treino tinham-lhes feito acreditar que eram os mais fortes, os melhores, e fora com essa petulância que fora para a primeira batalha… Fora também lá que a deixara, juntamente com aquilo que acabara de comer.

Desesperado por tentar apagar aquelas imagens da mente, meteu a mão no bolso da camisa e tirou a fotografia que guardava junto ao coração. Estava suja e amachucada de tanto a tocar, mas era o que o mantinha vivo e que lhe recordava a razão pela qual estava ali, a necessidade de sobreviver.

As lágrimas assomaram-se-lhe aos olhos ao olhar para a mulher e a filha. Sentia a falta delas. Há três meses que não as via. Leah fizera dois anos na semana anterior e ele perdera a festa de aniversário. Lembrar-se-ia dele quando voltasse para casa? Abraçá-lo-ia e dar-lhe-ia um beijo na face assim que o visse, como fizera no passado? Ou correria e ir-se-ia refugiar nas saias da mãe?

Olhou para cima ao ouvir um helicóptero. Guardou a fotografia. Viu-o aterrar e carregarem para dentro dele dois corpos metidos em sacos. Conteve a emoção, consciente de que um terceiro soldado poderia estar ali com eles. Buddy Crandall. Mas Buddy não voltaria para casa.

Sentiu uma mão forte a apoiar-se no ombro e levantou a vista. Viu Pops, como chamavam a Larry Blair, a olhar fixamente para o helicóptero que ia voltar a levantar voo.

– Não é justo – disse T.J., abanando a cabeça. – O Buddy devia estar ali.

– Sim – respondeu Pops, – mas por vezes as coisas não são como têm que ser.

– Desaparecido em combate – murmurou. – Imaginas como se irá sentir a família de Buddy quando receber a notícia? Porque não pode ser dado como morto em combate em vez de desaparecido? Todos sabemos que está morto! Estávamos lá. Vimos o que aconteceu. Não poder ter saído vivo daquilo.

– Tu conheces as regras – lembrou-o Pops. – Se o corpo não for encontrado, é considerado desaparecido em combate.

– Eu não quero que a minha família tenha que passar por isso. Promete-me uma coisa, Pops.

– Se puder…

– Se me acontecer a mesma coisa que ao Buddy, promete-me que contarás à minha família. Promete-me que lhes dirás que lutei e que morri como um soldado. E que não vou voltar para casa.

Pops hesitou por momentos e depois assentiu com seriedade.

– Prometo. Reúne a tua equipa. Sairemos daqui a umas horas.

T.J. ficou sentado por mais alguns momentos, depois passou a mão pelos olhos húmidos e levantou-se. Tocou no bolso onde tinha a fotografia e foi para a sua tenda.