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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2012 Katherine Garbera

© 2015 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Pronta para ele, n.º 46 - Outubro 2015

Título original: Ready for Her Close-Up

Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-7487-9

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Capítulo Doze

Capítulo Treze

Capítulo Catorze

Epílogo

Se gostou deste livro…

Capítulo Um

 

Como se lembrara de se meter em semelhante sarilho?

Gail Little respirou fundo e entrou na zona de cabeleireiro e maquilhagem do estúdio de gravação do programa de televisão Sexy and Single. Jamais se considerara sexy, mas que acabaria solteira… disso estava totalmente convencida. Sempre imaginara que conheceria um rapaz na universidade e casariam. Mas tinha quase trinta anos e continuava sozinha.

– Sou a Kat Humphries, assistente do Sexy and Single, responsável pelos seus programas.

Gail apertou-lhe a mão. Esperava encontrar-se com Willow Stead, produtora do programa e uma das suas melhores amigas. Fora dela a ideia de participar no programa depois de assinar o contrato com a Matchmakers Inc. Dissera às amigas que queria encontrar um marido e que no trabalho não conhecia o tipo de homem certo, mas o que mais desejava era ter a própria família: o seu relógio biológico lembrava-lho amiúde. Por isso assinara aquele serviço de procura de companheiro, sem suspeitar que a experiência seria seguida pela televisão.

Kat devia ter vinte e tal anos, vestia uns jeans justos e uma t-shirt de um bar do México.

– Siga-me – disse-lhe.

Gail assentiu e foram até uma zona de espelhos iluminados pendurados numa parede.

– Sente-se, por favor. O cabeleireiro e a maquilhadora estão a chegar. Chegou cedo.

– Desculpe, mas é que não queria chegar atrasada.

Kat assentiu, mas alçou um dedo ouvindo algo que lhe diziam pelo auricular.

– Espere por mim aqui. Queremos captar o instante em que vê o seu par pela primeira vez.

Gail sabia que por aquele rumo, a vida seria só trabalho e o sonho de família só um sonho.

Olhou-se ao espelho. O seu cabelo denso e ondulado, desordenado, rodeava-lhe a cara. Afastou-o e puxou-o para trás. Era assim que normalmente o levava para o trabalho. Tinha de admitir: um cabelo como o seu não enquadrava com a imagem de Sexy and Single.

Um homem e uma mulher aproximaram-se.

– Olá, Gail. Sou a Mona e ele é o Pete. Vamos tratar-te do cabelo e da maquilhagem.

Perguntava-se onde se tinha metido. O que queria era passar as férias com um homem em vez de ficar em casa; era desolador. Almejava poder passar um Natal perfeito. Trabalhava no setor da imagem e da realidade? Porque não criava a imagem e a realidade perfeitas para ela?

Criara um plano de relações públicas para passar do sucesso profissional ao pessoal. Era muito boa a pôr isso em prática, logo, não tinha dúvidas que funcionaria. O que não se esperava era que Willow gostasse tanto da ideia que decidisse fazer dela um reality show para a TV.

– Bom, já está – anunciou Mona.

Viraram-na para que se visse ao espelho. A indomável cabeleira transformara-se num cabelo liso que lhe tocava os ombros, tinha os olhos maiores do que nunca e a boca bem delineada e perfeita. Não se reconhecia.

– O que achas? – quis saber Pete.

– Acho que não sou eu.

– Claro que és tu, mas não é a imagem que costumas ver no espelho – interveio Mona.

E isso era exatamente o que queria.

– O que faço agora?

– A roupa – disse Pete. – Está ali – assinalou.

Dentro de um pequeno provador aguardava-a uma mulher sentada a ler um livro que ela acabara de ler. Sentiu vontade de se sentar. A mulher pousou o livro e sorriu.

– Está muito bonita.

– Obrigada.

Tinha a impressão de sentir algo como o que Alice sentiu ao cair na toca do coelho, porque vinte minutos depois deu por si diante do espelho a brilhar com um modelo de Jil Sander, com um decote sugestivo em bico e uma saia pelo meio da coxa. Sexy e glamourosa, algo inédito.

Kat indicou-lhe que chegara o momento. Gail ia limpar as mãos suadas à saia quando pensou que aquela peça custava mais do que todo o seu vestuário junto. Apesar da magia obrada pelos estilistas no seu visual, por dentro permanecia a mesma mulher que passava o tempo a trabalhar. Não sabia como conversar de coisas insubstanciais. Aquilo era um erro.

– Faltam dois minutos para que entre no «confessionário»; depois passará para o salão de dança e lá reunir-se-á com o seu par, menina Little.

Estava nervosa, algo impróprio dela. Nunca permitia que algo se interpusesse no seu caminho quando tinha tomado uma decisão.

O técnico de som aproximou-se para lhe colocar o microfone. Deveria enfrentar aquela situação do mesmo modo que enfrentava no seu negócio um cliente que precisava de mais publicidade: sorrindo e fingindo ser a mulher cheia de glamour que o espelho lhe mostrava.

Caminhou até à entrada da pequena divisão, feita à base de paredes móveis. Sem intimidade nenhuma. Mas aquela era a realidade da televisão.

– Basta apenas que carregue no botão e comece a falar. Não se preocupe que, se não der certo, pode voltar a fazê-lo. Vamos editar – disse-lhe Kat.

– E o que devo dizer?

– Conte-nos o que está a pensar antes de conhecer o seu par.

Entrou, sentou-se em frente à câmara e pressionou o botão de gravar. Via-se num pequeno monitor, algo constrangedor, de modo que se concentrou na lente da câmara.

– Vejamos… sou a Gail Little, proprietária de uma empresa de relações públicas, e estou muito nervosa. Escolhi a Matchmakers Inc. porque não quero que passe outro ano sem conhecer alguém especial. Trabalho muito e não saio com homens solteiros do meu trabalho. Estou ansiosa por conhecer o homem que escolheram para mim.

Carregou no botão de desligar e saiu do habitáculo. Fizera o melhor que conseguira e voltou para a zona de maquilhagem.

– Já está? – perguntou Kat.

– Sim.

– Pois então, por aqui. O seu par está à sua espera.

Saíram para o corredor e o técnico de som voltou a ver o seu microfone.

– O Bob é o câmara que estará a gravar. Vai estar à sua frente quando entrar no salão de dança. Não olhe para ele, mas para a mesa onde o seu par estará à sua espera.

– De acordo – respondeu Gail, e Bob cumprimentou-a do fim do corredor.

– Caminhe para o Bob e entre no salão. Preparou-se um jantar íntimo para os dois. Assim que tenhamos saído do enquadramento, dou-lhe sinal. Não se preocupe e comece a andar.

Pareceu-lhe que passava uma eternidade antes do sinal prometido. Começou a andar a pensar que era uma estupidez que a gravassem a andar, mas esqueceu-o ao entrar no salão.

Havia lá umas quantas pessoas da produção, além de um homem que estava de costas para ela, mas distraiu-se ao ver Jack Crown a aproximar-se.

– Olá, Gail – cumprimentou-a.

Jack Crown estava a ponto de bater o recorde de Ryan Seacrest quanto ao número de programas apresentados em televisão. Fora um desportista de âmbito nacional na escola, e ganhou o troféu Heisman na universidade. Depois esteve entre os primeiros a serem eleitos para jogar numa liga de futebol profissional, mas teve a fatalidade de lesionar-se no primeiro jogo. Na altura, limitou-se a sorrir, a encolher os ombros e a dizer que a América não se ia livrar dele assim sem mais nem menos, e teve razão. Aos poucos, começou a aparecer na televisão com regularidade apresentando reality shows para o Discovery Channel.

– Olá, Jack – cumprimentou-o. – O que fazes aqui?

– Sou o apresentador do programa. Conversarei convosco depois do encontro.

– Ah, está bem. Agora?

– Não. Agora queremos ver como reagem ao conhecerem-se – respondeu ele. O homem que a aguardava tinha os ombros largos e fortes, a cintura estreita. Usava um fato muito justo.

– Basta!

Willow, a produtora, tinha falado. Era engraçado porque Gail nunca estivera com ela em contexto profissional, e aquela voz autoritária não parecia pertencer à sua amiga.

– Vão-se ver um ao outro. Quero que se olhem e não para a câmara. Kat, põe-na em posição.

Kat indicou-lhe que se colocasse sobre uma marca feita com fita adesiva, tão perto do seu par que sentiu o aroma a madeira da sua colónia e viu que tinha madeixas loiras.

– Estamos prontos para gravar. Por favor, dá a volta e olha para o teu par.

O homem virou-se e Gail ficou sem ar, caiu-lhe a alma aos pés. Era o milionário neozelandês Russell Holloway, dono de hotéis e de clubes noturnos. Reconhecia-o por aparecer muito em revistas. Não podia ser o seu par! Um tipo com reputação de playboy, para quem as mulheres eram descartáveis. Porque havia de ir a um serviço de encontros?

Tinha uns olhos brilhantes e um olhar intenso que se fixaram nela, e o seu aspeto não era tão depravado como seria de esperar. Parecia estar em forma, saudável, bronzeado… em resumo, demasiado bem para alguém com semelhante reputação.

– Gail Little – apresentou-se, oferecendo-lhe a mão. – Ouvi falar muito de ti.

«Merda». Não lhe ocorria dizer outra coisa?

Russell riu-se e levou as costas da sua mão aos lábios.

– Ui, eu sei muito pouco sobre ti, mas quero conhecer a tua história dos teus próprios lábios.

Gail humedeceu-os inconscientemente e fitou-o: os olhos, o plano reto do nariz, os lábios carnudos e sensuais. Tinha de acordar. Não ia ser a última mulher daquele playboy encantador. O problema era que ia perder os seus planos, e isso não tinha qualquer graça.

 

 

Russell Holloway não tinha a certeza do tipo de mulher com quem iam juntá-lo, mas não esperava uma Gail Little. Era bonita, com um cabelo espesso pelos ombros e uns grandes olhos castanhos que convidavam a perder-se neles. Tinha uma figura generosa com curvas. Fisicamente era o que procurava, tinha classe. Não se lembrava de conhecer uma mulher assim.

– Sou o Russell Holloway – declarou, ainda que ela tivesse dito que tinha ouvido falar dele.

– Eu sei – replicou Gail. – E ainda que pareça mentira, sou capaz de dizer algo inteligente.

Ele riu-se.

– O primeiro encontro pode-nos deixar com os nervos à flor da pele.

– Sim.

Olhou-o uma vez mais e corou.

– Não sei o que dizer.

– Pois não digas nada e deixa-me desfrutar da vista. És uma mulher muito bonita.

– Não sei o que dizer. Vamo-nos sentar?

– Ainda não – respondeu ele, e oferecendo-lhe o braço, levou-a para o corredor.

Russell tinha assinado com a empresa de encontros para melhorar a sua reputação.

Os Kiwi Klubs cresceram espetacularmente nos últimos anos. Começaram por ser um destino de férias ao estilo do Clube Med. Cada hotel tinha um magnífico clube noturno onde as pessoas iam para verem e serem vistas. Russell tinha lucro, mas queria provar algo novo, e onde mais dinheiro se podia ganhar era atraindo famílias. Queria abrir um complexo destinado especialmente a esse tipo de turismo, mas consegui-lo com a sua reputação era outra história. Tivera oportunidade de comprar uma empresa muito conhecida de férias em família, mas o dono achava que vendê-la a alguém como Russell não era boa ideia, não do ponto de vista comercial, mas pela sua reputação. Por isso decidira mudar de imagem.

Já combinara com Willow e Conner MacAfee, o dono da Matchmakers Inc., que ia oferecer a Gail uma visita privada à exposição de Gustav Klimt que ia inaugurar no Big Apple Kiwi Klub na quarta-feira. Como amigo pessoal de Russell, Conner sugerira-lhe participar no programa para dar uma mãozinha à sua mudança.

– Onde vamos? – perguntou ela. – Acho que não devíamos ter saído de onde estávamos.

– Tens medo de te meteres em algum sarilho?

– Não. É que gosto de seguir as regras.

– Eu não.

– Um fã das surpresas, eh?

Ele riu-se. Parecia uma mulher segura e confiante, rasgos que procurava numa mulher.

– Não tenhas medo, Gail, que esta saída foi aprovada.

– Está bem.

– Já chegámos – disse, abrindo a porta que conduzia ao átrio, uma zona moderna de grandes espaços abertos, uma cúpula de cristal inspirada na noite estrelada, de Vincent Van Gogh e chão de mármore. – A exposição inaugura na quarta-feira, vamos ser os primeiros a vê-la.

Quando submeteram à sua aprovação o desenho do edifício, especificou que o átrio se usaria para exposições de pintura. A sua pretensão era captar o ambiente do Metropolitan Museum of Art e reproduzi-lo ali. Se queria que famílias e casais fossem para os seus hotéis, tinha de lhes oferecer algo especial.

– Adoro a obra de Klimt. Tenho uma reprodução do beijo no meu quarto – contou-lhe.

Russell achou interessante o facto de Gail escolher aquela obra para o quarto. Nela, o homem envolvia por completo a mulher e beijava-lhe o pescoço. O estilo era muito sensual.

– Alguma vez te beijaram assim?

– Não, acho que não. Mas aposto que a ti já.

Ele devolveu-lhe o olhar levantando as sobrancelhas. Não parecia gostar muito daquilo.

– Um cavalheiro não conta essas coisas.

– Mas tu nunca foste um cavalheiro.

– É verdade. Não sou, digamos, sério nas relações. Mas precisamente por isso estou aqui.

– A sério?

– Sim. Não vim a este programa para brincar, Gail. Procuro uma relação tal como tu.

Se pretendia mudar de reputação, teria de começar por Gail. Se não era capaz de convencê-la que queria abandonar a imagem de bad boy, os espetadores também não acreditariam.

– Desculpa, tirei conclusões precipitadas.

– Sim. É verdade – respondeu ele num tom trocista.

A assistente fez-lhes um gesto para que avançassem e Russell acompanhou Gail pondo-lhe suavemente a mão nas costas para que passasse ao próximo quadro. Era o retrato de uma mulher da alta sociedade. Estiveram a contemplá-lo durante muito tempo.

– Lembras-me tu – disse ele. Era uma imagem sensual de uma mulher completamente vestida mas com o corpo do vestido desapertado, como se pretendesse revelá-lo ao espetador.

– Esqueci-me de mencionar que comigo não funcionam as frases feitas – respondeu ela.

– E o que te faz pensar que é uma frase feita?

– Que é uma mulher muito sexy.

– Tu também és.

Gail olhou-o como dizendo «Sim, ok…», e pela primeira vez Russell deu-se conta que estava a alterar o seu futuro e o de Gail, e ainda que tivesse decidido fazer aquilo por razões puramente comerciais, estava resolvido a dar o melhor de si próprio, por pouco que fosse.

Levou uma mão à cara dela, mas Gail fugiu. Superar a sua reputação ia ser bem duro. Há muito tempo que não saía dos círculos habitados pelos seus decadentes amigos.

– Também é misteriosa como tu. Há na tua pessoa bem mais do que aparentas.

– E tu és só fachada?

– Gostaria de pensar que não. Seria muito aborrecido.

– Bom, aposto que nunca ninguém te acusou de seres aborrecido – admitiu ela.

Avançaram para o fim do corredor. Tinha-se esquecido das câmaras. Poucas vezes tinha permitido que alguém o distraísse do seu meio, e surpreendeu-o que Gail o tivesse conseguido.

– Bom, cortem. Bom trabalho aos dois. Jack, anda.

Jack juntou-se a eles e Russell lembrou-se então que aquilo era um programa de televisão.

– Estão a ser fenomenais – disse aos dois, apertando-lhes a mão.

– Obrigado – respondeu ele.

– Muito bem. Estamos preparados para filmar – declarou Willow do outro lado da sala.

– Bom, agora que concluímos o primeiro encontro, o que achas da Matchmakers Inc.?

– Pois que soube ver o que eu queria, ainda que a Gail não seja o tipo de mulher com quem costumo sair. Acho que foram muito intuitivos.

– E tu, Gail?

– Claro que o Russell era o último homem do mundo que esperava encontrar aqui, de modo que, nesse sentido, procuraram um homem que eu nunca teria conseguido encontrar sozinha.

Jack começou-se a rir.

– Cortem! – gritou Willow.

– Jack, precisamos que termines de filmar a apresentação. Russell e Gail, podem voltar quando quiserem para a mesa, onde a equipa vai gravar vocês a falarem e a jantarem.

E a equipa saiu disparada para lá.

– Muito interessante – comentou Gail, e começou a andar pelo átrio.

– Para quê tanta pressa?

– Quero falar com o Willow antes que continuem a gravar.

– Porquê?

– Preciso de confirmar alguns detalhes com ela.

– Vais voltar atrás? – quis saber Russell.

Ela encolheu os ombros.

– Não leves a mal, mas não sei se és a pessoa mais adequada para mim. Seria algo digno de se ver… os opostos atraem-se, mas eu quero algo mais do que um programa interessante.

Ao ver que se virava, Russell deu conta de como ia ser difícil mudar a sua reputação.

– Eu não faço isto pelas audiências.

Parou e olhou-o por cima do ombro.

– Então, fazes isto porquê?

– Todos temos de amadurecer um dia, e eu diria que chegou a minha hora.

Russell viu que algo mudava no seu olhar e soube que a tinha apanhado. Queria ver se era mesmo só um playboy, ou se havia mais alguma coisa.

– Não digo nada à Willow até ao fim do encontro, mas não te vou tornar isto fácil. Achar marido é o meu objetivo, não quero perder tempo com alguém que não tem jeito para marido.

Não ia ser de modo nenhum tão fácil como ele imaginara.