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© Editora Gato-Bravo 2018


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editor Marcel Lopes
coordenação editorial Paula Cajaty

revisão Laura Mateus Fonseca

projeto gráfico 54 design

imagem da capa Shutterstock


Título Mulher

Autor António Pereira Ramalho

Impressão Europress Indústria Gráfica


isbn 978-989-8938-01-5

1a edição: agosto, 2018

Depósito legal 443623/18



gato·bravo
rua de Xabregas 12, lote A, 276-289
1900-440 Lisboa, Portugal
tel. [+351] 308 803 682
editoragatobravo@gmail.com
editoragatobravo.pt

Descobrir o que tem um nome de mulher,
no significado de um papel a amar,
que possa entender quem é, porque é.

Sumário

Mulher

Procurei-te incansavelmente nas palavras ausentes

Sentir o olhar

Sem ti...

Ser a vontade que faz chorar

Nada ter na certeza

Para me acordar

Estamos aqui

Um olhar

O desejo do coração

Sublinhar o que temos

O Sol que existe

O que escrevi para ti

O coração na verdade

Podes ser

O que devias ver

Na dor

O que haveria de ficar

O espírito que escolheste

O que pensas fazer

Como vai acontecer

Por um motivo

Na razão

Todo o teu corpo

O aspeto

O significado

À volta da dança

Aprender a ser

O direito de decidir ser feliz

O que sentiste

A semente que está em ti

Recordando as palavras

O que pensavas

Gostar como dúvida

O que é possível

Porque foi

As cores da distância

Viver atraído

Ajudar o regresso

O que tem de ser

Parece interessante

Fragmentos de amor

Para te amar

Um dia

A solidão de ti

A figura

Libertar a diferença

Sentir-se feliz

Luz na escuridão

Poucas palavras

Posso deixar aqui uma lágrima?

Dar um passo

Nem acredito que te lembraste

Não me faças chorar

A virtude necessária

Só quero dizer que….

Partilhar a passagem

O que se chama a noite no céu

O que buscavas

O que busca a chave

O tempo que deve esperar

O que alcança o ser

Vive para surpreender

Começar a amar

A vida que é a diferença

Mulher amor

A vontade de viver

O que possa ser

Escolheste o interior

Possuir o que deve estar

O que parece ser

O tempo essencial

O que está a acontecer

Dançar na poesia

O tempo que ouvia

Por ter o amor

Nas sombras que mudam

Ouvir as nuvens à janela

As lágrimas que restam

O seu nome no olhar

O que fora

O que sonhara

A palavra que pensa

O rosto que diz

Chamar por ti

Não podes esconder

A liberdade dos contrastes

Sem saber

Quando as flores se comovem

O que conhece a palavra

O tempo que acontece

À procura dos teus lábios

Sabia que não tinhas

As nuvens da claridade

A tua ausência

O que toca o olhar

O desejo que se deita no que disse

No teu nome

A porta que se abriu

As lágrimas que procuram o sonho

O que se ergue no tempo

No efémero do olhar

O olhar que sente

O que será que chama

O que é difícil aceitar

A satisfação de uma vida

Tornar-se a emoção

O que deixa de ser

No momento que desejara ser

O que andará no tempo sonhado

O contentamento que viva

A nossa missão

O que oferece a beleza

Acariciar o teu perfil

Parece que esteve

A entrega da ternura

O tempo que confia

Quando acreditamos

O sentido profundo

O que não podia ser

O teu nome

A exceção que não está

Na volta que fica

O caminho à volta

Chorar de ti

O que precisas de levar

O laço pelo seu coração

O que surpreende

Tentar sair

O tempo afastado

No rasto do segredo

A fragrância que imprimas

Compreender o que está

O que é a chama

A luz como virtude

No teu lugar

O ideal na imaginação

O que desponta no brilho

No teu corpo de Mulher

Mulher

Porque és mulher,

nasceste diferente,

na tua dor

e no teu amor,

nas lágrimas a sorrir,

ao mesmo tempo.

Quiseste vencer

na vida, na família,

como uma árvore

que se ramifica

e sorri ao Sol,

no aspeto e na imagem

no exemplo

de força e beleza,

No olhar

de quem és,

a crescer

como ser humano

unida,

ao nome, à terra e ao sempre.

O que acontece

no que imaginas e sonhas,

e no que está escrito,

na condição como indicação,

que seja a maneira de dizer

o que tinhas sido

capaz de querer.

O que não lamenta,

no que parece

e no que sabe

e no que querer,

nos conflitos,

nas dificuldades

e no desejo

do quotidiano, que constróis

na prudência e na sensibilidade,

à volta de um abraço

nos pontos de vista,

do que estás a fazer.

Em teu nome,

na tua postura,

e na tua atitude,

és quem mostra

a vontade de vencer

como alguém que gosta de verdade.

Queres amar

e ser amada,

simplesmente,

como se fosse difícil

não o ser.

Queres sentir

o destino

que segue o seu caminho.

Porque és mulher,

filha e mãe,

sabes amar

e querer,

estar no olhar

e vencer.

Procuras

o amor,

na existência

que pensa

e compreende

o presente.

No brilho do teu olhar

cantas em frente

do coração,

o gosto de conhecer

o lugar

do amor.

Sofres pelo homem

na espera

de o ter.

Só para teres

amor,

abdicas

de ti,

no rosto

e no sentir,

de seguir o tempo.

Tocaste

a imagem

da coragem,

na beleza

de não esquecer.

No teu rosto,

percebeste,

nasceste

a saber

que a razão

não é amor.

Fazer de ti,

o que decidiste

por amor,

e que nada mais interessa.

Deixaste a tua vida

pelos outros,

porque não quiseste amar-te.

Fechaste

o teu coração

ao amor

na paixão, a sentir o tempo que passa.

Porque tens o amor,

de outro alguém

sempre

dentro de ti.

Fechaste

muitas vezes

o coração

ao querer e ao desejo

pelos outros.

Fazes pontes

entre os outros

dentro de ti.

Porque és mulher

sempre soubeste

sofrer e amar

em silêncio.

Porque és mulher,

como poema de uma vida,

na raiva e na doçura

de uma luta constante

que não falha

e que vai voltar na nova oportunidade.

Procurei-te incansavelmente nas palavras ausentes

A dor

por não estar contigo

no querer

que é,

nas palavras que não me deste

e no amor que esteve sempre

à espera.

Para lá das sombras,

que se afastaram

e aproximaram.

Pelo menos na memória

de ser,

com o tempo

que pode parecer a escuridão.

A chave a pensar

que estava,

a dizeres

o que estava a parecer.

As palavras partiram na noite

que não é igual

ao que é assim

que nunca chegou.

Queria que ficasses

no que era importante

e preciso.

Ao meu lado

a esperança

até ao último minuto,

até ao último segundo,

que passou

e que faz o querer

na certeza de não perceber.

A visão desfocada

de mim

a querer aprender

na forma que não era

o amor

num disfarce.

O que sempre vi

na luz da música

que travou algo

a desistir

do que diz não acreditar.

Para oferecer o tempo

que significa muito para mim,

a ver

o que estava à procura

do que sabia que não era o que é.

Os reflexos da vida

encontraram

o que riscou a chama

ao som que tira o porquê,

no que eu sou mesmo

na diferença.

Onde estão as palavras,

no que escolhemos,

que não vamos escolher.

E podemos dizer

que é mesmo triste

porque é,

no contrário da ausência

que não quer saber

porque acreditava em ti.

Sentir o olhar

Apanhar o olhar,

que tentará dizer,

o que parece e que não parece, no que a vida significa.

Porque está só,

a querer

o que pensou ter voltado

nas palavras como pontes,

que animam a arte de expressarmos o que desejamos,

nos sinais que cruzam a realidade.

O que há,

capaz de mudar o que devemos olhar,

no coração que chama o amor

e o que não deixou de procurar,

pronunciando o desacordo do coração.

Podemos passar a vida juntos,

o que compreendemos no olhar,

que seja a afirmação na construção,

a seguir os sentimentos

de qualquer forma,

na morada do que quer dizer

o que confunde o encontro do ser,

como se sente

à espera de acontecer

o que agradecemos e onde estamos

no cuidado da fortaleza que cresceu

e que não queremos esquecer.

Do que queríamos fazer,

pelo medo, que decida estabelecer,

segue ousado e agressivo,

intenso no que desempenha,

triste ou gentil.

Permanente,

na atração como sugere

na ansiedade por ver.

Parece a forma

feliz de ver.

que é o ideal, mas que colocou

o que entrou e o que espera

no que terá de ser o caminho.

Porque nunca temos a certeza

de qual é a porta

do que possa parecer,

na preocupação que passa

e nos reflexos para vermos o que ligamos

nos valores interiores

e não percebemos se foi um sim.

O que pensar,

nos pontos em comum

que compreendemos,

o que desaparece no momento,

que queremos saber

o que precisa de uma resposta

na carta que se esqueceu do que não teríamos.

O que adorava apreciar, no que dizia,

e que gostava

de recuperar o que perdeu,

na parte que começou,

no que define o coração.

O sentido do olhar

que perguntou

o que parece que volta a tentar

no contacto que disse o que trouxe,

a experiência de interpretar.

Olhar um para o outro

que ficamos sozinhos ou juntos,

deixa abraçar o que podemos dizer,

no importante de viver

a unidade do tempo preenchido.

O que será viver

que sabia que sentíamos

na sinceridade por contar,

e nos olhos que se fechavam quando cantávamos.

A diferença que ocorreu,

onde estava,

que é o que deu e significava

no olhar que sabia a sensação

que interessa entrar no compromisso,

na companhia simpática de alguém que parece ser

o que precisava ser.

Atravessar o comum, ao som de um olhar

prolongando o infinito,

na verdade

que continuamos

a fazer no momento,

que crê no objetivo

de guardar o coração

no entusiasmo,

que parece dividir os limites

em cada atitude,

no segredo

que encontra o que não está,

e sente amor por seguir

o que descobrem os pensamentos.

Sem ti...

Sem ti,

sei quem não sou,

no nome que deve estar,

no céu nublado

que faz o que é muito longe,

no tempo suficiente,

sem futuro,

no contrário que eu faço.

Procurou

o que é eterno

no coração que vê

o que não vê também.

O que esteja,

que gostava,

e que não tive tempo,

na dúvida que sim,

possa chamar

o que talvez não consiga encontrar.

Não me lembro

do que encontrei

nesse alguém que é,

em todo os ângulos,

a aproximarmo-nos,

do que não vejo.

O que é longe

a caminho,

do que possa estar,

e deixa ver,

que era uma lembrança,

que procurei

o que perdi,

que não seja verdade,

mas que acabarei por ver.

O tempo a chegar

em frente

que nem acredito,

que voltei a ter

no sonho,

que fica bem.

O que nunca saberei

no céu nublado,

que quer levar

os raios de Sol,

ficou no tempo que adorava

o que seria importante,

por saber

na opinião

que viu o amor

que não quer lutar.

Enquanto

estiveres longe,

o amor

envia-nos o que fica

na inquietação,

que haverá

o que sejam,

o que não fará

e o que não vemos.

Na noite que te levou para longe,

sempre que ficámos

como não era

o que tínhamos,

surpreendeu o que ficou,

que não gostaria de ir,

na identidade desconhecida.

O homem que sou

por conhecer

o que gostaria de ter,

para depois

aprender

o meu caminho.

Entrar o que não aceitar

que estivesse,

o que não posso

a deixar de ser,

que aconteceu algo,

a quem ninguém vence

algo diferente,

que significa o que mantemos.

O que gostava de um lugar

enquanto procura o amanhã,

que faça e deixou

e quero

como posso

o que não estava

pelo amor que parecemos

e que também temos.

Chamar o sentido que seja

na morada

que deve saber a diferença do que sou,

quando lá chegar a espera

do que parece significativo.

O que lhe dissemos,

ao amor no momento,

que tem de ser,

que atraía no nome

a certeza que preferisse

na vida que é,

por onde ficar

o que se passa

a fazer ouvir o que é

e não sabemos quem.

O que não sei

a quem ninguém

diga o quê

na razão

para começar.

Ser a vontade que faz chorar

O tempo

que escolhe as palavras para ti,

na questão

que reconhece o real,

que não queria fazer mal

do que fala,

não ajuda nas razões,

porque nascemos

onde nada é impossível.

Ser a vontade que faz chorar,

na impressão

sem ti,

no significado

que tenta beijar,

incessantemente,

a perceção se si mesmo,

de não ser a forma,

na chama impossível

que existe na minha crença,

enquanto contém

o meu pensamento,

que é a lição

que pode aceitar

o que não é meu.

Esforçar-me mais,

por conseguirmos,

no simbolismo da inocência,

o que desejamos

impressionar na brisa do outono,

que não me deixa

sentir a aurora

que permite

o que pode ser.

Os pássaros que tentam chegar,

nas perguntas

ao que tento compreender.

É a brisa que não leva a melhor,

na noite que for

o que sinto balançar,

na chamada do que é.

É o princípio que parece

onde pensa a lógica,

porque o medo

gosta

do meu lugar em chamas,

e que saiba querer

o que sinto na tristeza.

O que deve não estar no equívoco,

que não esteja,

é o meu amor,

que eu sinto,

a fazer a diferença,

e que deveria ser

o que cantou o amor,

eternamente.

O meu ego toca o teu rosto,

na melodia que é tudo

o que queria,

na frequência como disse

evidente,

onde existe a luz,

como o paraíso que conhece a mente

como ela é,

na questão possível.

O que quero acreditar na luz,

que criou a visão,

pode ser o que podemos ver,

que é real,

inequivocamente,

a ser o que pensamos que pode,

nos meus olhos a brilharem.

A suposição

que foi

o que nos deixa a imagem.

Na compreensão desse amor,

naquele dia

que não é,

que queira dar

a lição na forma

que esperava lembrar.

É a esperança

através das lágrimas

que escolhem ser o tempo

na porta interior.

Na perceção que não tinha,

e na maneira em questão,

conhece o olhar que continua assim.

É o momento que disse

o que ocorre,

por o vazio esperar o amor.

Por falar de ser

e para corrigir o que se manifesta,

na verdade.

Induzir o que é,

a cair no que tentei,

no efeito

àquela porta que queria

e na definição do que deve ser

o amor.

Nada ter na certeza

O amanhecer

que está mudando

no nosso tempo

pelo que fizeste

o que perdeu o amor,

diante

do que encontra

como se fosse

o que precisamos de volta.

O que queremos,

que se manifesta

ao passar,

porque é positivo,

no meu nome,

que resiste

ao que se tornou

a vontade de fazer

o que não sou

e que estou

como sendo

o que se traduz.

Noutras palavras,

em ti,

o desejo que será

por se encontrar

a maneira

de ficarmos

na justificação.

Olhar o que não podemos pensar,

a não usar o medo,

na presença

que irá na própria vida,

e conhecerá

a realidade como é,

o que ajuda a caminhar.

Estarei ao teu lado

a noite

no momento,

porque faria

o que disse que gosto.

Continuar

na maneira diferente

de ficar mais perto

no passado

a voltar juntos.

Conhecer o teu olhar

a acolher

o instante

que se esconde de mim,

na brisa que força

a compreensão

para mostrar

o meu amor,

que começa na luz

que realmente

deixa fluir

a tua mão

no meu coração,

e que sente

o que seja a presença

de uma chama

na oportunidade

do sentido a acontecer.

A lágrima que se transforma

nas tuas mãos em mim,

sonhando,

no receio que contou

o que quer dizer

o vento

nos braços que se cruzam.

Sentir o que mostra

a ação para compensar,

o que queremos saber

no significado

que enfrenta

o que julgamos,

outro dia

que viu

nada ter

na certeza.

Para me acordar

As páginas

que significam

o tempo a pensar

na felicidade,

nos sonhos

a não esquecer.

Ser

no olhar,

que não deixa

encontrar o amor,

para lembrar

o que fazer.

No teu corpo,

encontrei

o céu,

a brilhar

em cada cor

quente

que não sabia

o que precisava

nas emoções ao vento.

No pensamento

que o céu espera,

é o azul

de um sorriso

de um dia

em ti.

O que volta sem parar

na alegria

da manhã,

porque o Sol

aparece cedo.

Decidiu o que sentiu

porque é diferente

na intenção

e na opinião

para ser

o ponto de vista.

O que vai dizer

no meu nome,

que apareceu

quem é,

no sonho

que não chora

o que vem

no momento

a olhar o sorriso.

Estou a sofrer e…

O brilho na minha vida,

no abraço que não há,

e no sonho a pensar que é.

Quando o romance

abraça o sonho,

que podes escolher,

que diz a paixão

na distância

de minha vida,

na aventura

do adeus a dizer

para esquecer o que foi embora.

Não querer mudar

nos valores

que interpretam

o que não vemos.

O que trouxe a esperança,

no perfume

do tu e do eu,

a viver

na rosa

que existe

no olhar contigo.

O que nada diz

nos sonhos

que semeiam

o que se diz.

Em silêncio,

o tempo

dói

no fogo

da escuridão,

que descobre o que é demais.

Em cada dia,

o que possa ser

e que se aprende

na força,

do entardecer,

ergue-se na voz

da noite,

na esperança

esquecida

na viagem,

num abrigo a encontrar

a primavera,

semeando

cor

da felicidade,

no perfume

de um sorriso.

Perceber

o que chega

no fado

a perder

o amor,

para ver

a ternura

no poema

de nada.

Que aceita

o meu coração

que traz a Lua

na dor

de um poema.